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Este livro surge de uma indagação: Quem são as crianças e adolescentes que ninguém quer? Ou além, "Menor é ou não é criança?" "O que os leva a tomarem o caminho dos atos antissociais, independente de serem ricos ou pobres?" Estas perguntas exigem de todos nós, em algum momento, uma resposta: quem são eles, o que reivindicam? A autora, baseada em Winnicott, entende que esses jovens perderam algo tido como certo e previsível por uma falha abrupta do ambiente. Eles evocam um pedido de limite e de escuta, de sobrevivência àquele que puder acolhê-los ao suportar seus atos dissonantes, em diáspora, denunciador de uma sociedade desigual, excludente e violenta. Essa sociedade contemporânea espelha nessas crianças e jovens exatamente aquilo que são e que rechaçam ao ver neles o desamparo e abandono que provocam. Se havia respostas, um dia, para essas crianças e jovens, mudaram as perguntas e no vazio destas um grito de socorro ecoa. Pena que poucos o ouçam. A autora escapa do olhar moral e do senso comum quando interpela seus leitores: Afinal, quem se importa de verdade com eles? Publicado em julho de 2022.
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Este artigo apresenta os conceitos da banda de Moebius para a superação do sintoma na dificuldade de aprendizagem, objeto da psicopedagogia. A banda de Moebius, criada pelo matemático de mesmo nome, é uma superfície unilateral de uma borda obtida pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia volta em uma delas. Ao fazermos essa torção, temos a impressão que a faixa apresenta duas faces, mas, na realidade, trata-se de uma superfície de uma só face, no qual o direito e o avesso estão contidos um no outro.
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Considerar a defasagem e dificuldades de aprendizagem de alunos das áreas onde os conflitos de arma de fogo são rotineiros, o que requer observação e vivência. Mitigar os efeitos desses obstáculos constitui tarefa hercúlea, o artigo científico a seguir vem sugerir práticas de intervenção psicopedagógica para diminuir as dificuldades de aprendizagem em áreas conflagradas. Pensando na experiência como docente e coordenadora pedagógica no Complexo de Favelas da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, busca apresentar sugestões aplicáveis em situações semelhantes, tendo como base a aplicação da leitura como ponto de partida bem como o letramento da teoria de Psicogênese da língua escrita de TEBEROSKY e FERREIRO.
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Publicado em novembro de 2021.
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Publicado em setembro de 2021.
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A formação de professores se insere dentro do tema mais amplo das políticas de infância no Brasil e evidencia relações tensas entre as diretivas legais para o campo da Educação Infantil e a realidade de sua assunção no cotidiano das instituições educativas voltadas para esse segmento. Esse artigo tem como objetivo evidenciar alguns aspectos referentes às políticas de formação docente, expressos nos documentos que a normatizam, como por exemplo, os tempos necessários para planejamento dos professores em exercício e as possibilidades e impossibilidades de sua realização. Partindo da contextualização da história das políticas voltadas para a Educação Infantil, com ênfase na formação do professor, buscamos articular os desafios e tensões presentes na concretização das conquistas legais nas práticas cotidianas das creches e pré-escolas, tomando por meio da investigação de alguns elementos da realidade do Município do Rio de Janeiro. Palavras-chave: Educação Infantil. Formação de Professores. Políticas Educacionais. Publicado em julho de 2021.