O artigo, publicado em setembro de 2016, tem como objetivo discutir a importância do desenho como uma das maneiras de se externalizar construções internas, de toda natureza, em pé de igualdade valorativa com outras linguagens (oral, escrita e corporal). Numa posição interacionista-construtivistaestruturalista, a autora nos traz uma conceituação do desenho tomando-o como qualquer outro objeto de conhecimento.
Com base na afirmação de Piaget (1948) de que a imagem (representação, pensamento) não provém diretamente da percepção, o artigo aborda as relações e diferenciações entre percepção, atividade perceptiva e pensamento, apresentando seus conceitos e processos (centrações sucessivas, descentrações, imitação interiorizada etc). A autora conclui que não se desenha o que se percebe e, sim, a imagem que se tem do objeto percebido, isto é, a pessoa desenha o objeto elaborado a partir de uma construção mental proveniente experiências perceptivas com o objeto.