Trecho
Paulo Freire dizia que não era possível fazer uma reflexão sobre o que é educação sem se refletir sobre o próprio homem.
Eu diria hoje: não é possível fazer uma reflexão sobre Princípios Básicos da Psicopedagogia sem se refletir sobre o próprio homem, ou melhor dizendo, sobre o “ser humano”, sobre o “ser” “humano”. E é a esta aventura do pensar que eu convido vocês.
Utilizo o termo aventura propositalmente, pois é assim que me sinto quando dou conta de minha ainda tênue possibilidade de enunciação das ideias que pretendo desenvolver.
Peço, pois, de antemão, a tolerância, pois provavelmente incorrerei em muitas “licenças” – não poéticas – mas “licenças conceituais” e talvez me utilize mais de metáforas do que de “conceitos”.
Convido ao diálogo por acreditar que o polifônico Sócrates tinha razão: a verdade não está com os homens, mas entre os homens.
Convido ainda ao pensamento complexo, isto é, ao pensamento que não simplifica, que não é linear, porque está aberto à multiplicidade de pontos e à conjunção; conjunção entendida como diálogo entre antinomias.
Autoria

Ana Maria Carpenter Genescá é Mestre em Psicologia pela PUC-RJ com especializações em Psicopedagogia, Grupos Operativos e Currículo e Prática Educativa. Além da prática clínica, tem prática docente – em pós lato sensu, graduação e ensino médio – e exerceu funções de direção e coordenação pedagógica com foco na formação de professores, tanto em instituições da rede pública como da rede privada. Atualmente é docente e pesquisadora do Centro de Estudos Psicopedagógicos Pró-Saber e coordenadora do curso de especialização em Psicopedagogia.