Partindo do trabalho clínico com crianças autistas, tomadas uma a uma, e articulando com a teoria psicanalítica, este artigo pretende situar a direção de tratamento no autismo. A Psicanálise indica que há no autismo um sujeito inconstituido. E que, cabe ao analista, com sua aposta e sua escuta, tomar cada gesto, cada som, cada movimento da criança, como uma produção singular de um sujeito à se constituir. Numa clínica dos detalhes, com cada autista em trabalho, a posição do analista, o seu ato, o seu desejo e o seu saber-fazer constroem-se de forma particular.

Publicado em outubro de 2019.