O artigo, publicado em novembro de 2016, é fruto da observação, feita em visitas a creches e escolas do Rio de Janeiro, que recaíram sobre crianças com dificuldades em segurar o lápis, letras quase ilegíveis, lentidão, descuido na realização de tarefas, dificuldades em seguir as regras estabelecidas em sala de aula e também observou-se a equipe administrativa e pedagógica no seu lidar com obstáculos e problemas diários na busca da redução e a prevenção do fracasso escolar.
As autoras sugerem a oficina “Vivendo o jogo, estimulando o aprender”, estruturada nas práticas psicomotoras, dirigida para pais, professores e outros educadores, visando oportunizar a reflexão do conceito de psicomotricidade e sua relação com a aprendizagem. A educação e reabilitação psicomotora ganham enfoque como recurso preventivo que se mostra eficaz.

Através do título da oficina, objetivou-se instigar o interesse do educador em participar ativamente para poder repensar a importância de “estimular” e “reestimular” seu corpo e de seus educandos, enquanto instrumento e ferramenta para o amadurecimento e crescimento emocional e cognitivo.

Gouveia lembra que desde tempos muito remotos o homem joga. Trata-se de uma criação humana, como a linguagem e a escrita. Jogamos para encontrar respostas, por diversão, para interagir. Há no jogo a revelação de uma lógica subjetiva, tão necessária à estruturação da personalidade humana, quanto à lógica das estruturas cognitivas.